Da esquerda para a direita: Daniela Bacha, Iago de Carvalho Pereira (advogado da Câmara), Ricardo Luiz Nogueira e Marcelo Ribeiro
A Comissão Processante decidiu nesta terça-feira (13/09), por 2 votos a 1, a prosseguir com as investigações do suposto cometimento de infrações político-administrativas pelo prefeito Walter José Lessa. A decisão foi tomada cinco dias após o recebimento da defesa do chefe do Poder Executivo.
Ricardo Luiz Nogueira votou a favor do parecer prévio de análise da defesa do prefeito, elaborado pela relatora Daniela Bacha, que concluiu pela continuidade dos trabalhos da comissão. Marcelo Ribeiro foi contra e justificou não ter vislumbrados elementos suficientes para o prosseguimento da denúncia.
As investigações seguem por mais 75 dias corridos, com oitivas de testemunhas. Ao final do prazo, pode ser realizada uma sessão julgadora, definindo pelo arquivamento do processo ou culminando em cassação de mandato.
A Câmara Municipal de São Lourenço votou pela abertura da Comissão Processante em face do prefeito Walter José Lessa no dia 22 de agosto, em sessão ordinária. O documento que solicitou a criação de uma CP, protocolado na Secretaria Legislativa 3 dias antes, denuncia a recondução de um técnico em enfermagem ao cargo público do qual havia sido afastado “em virtude de condenação por ato de improbidade administrativa”.
De acordo com a denúncia, o chefe do Poder Executivo contrariou sentenças judiciais transitadas na Justiça Comum e na Justiça do Trabalho. O requerimento foi assinado pelos servidores municipais Adalberto da Silva Nogueira e Fábio de Souza Santana e pelo taxista Ricardo da Silva Nogueira.
Segundo eles, quando candidato, Walter José Lessa contou com o apoio do então ex-servidor público municipal para o próprio pleito e de sua filha, Patrícia Pereira Lessa, que na época concorria a uma cadeira na Câmara