Os vereadores mirins de São Lourenço, eleitos nas instituições de ensino Manoel Monteiro, Polivalente, Humberto Sanches, Alere, Dom Ferraz e COC, tomaram posse esta semana em uma solenidade que contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Escolas do Legislativo (ABEL), Florian Madruga, do Senado Federal. Na ocasião, ele deu uma palestra sobre a importância da educação cidadã para o fortalecimento da democracia e da participação popular.
A Câmara Mirim é um projeto da Escola do Legislativo de São Lourenço. As atividades são voltadas a alunos do Ensino Fundamental II (6º a 9º ano) das redes pública e privada. Por meio dessa iniciativa, os jovens atuam como vereadores e realizam reuniões análogas às sessões ordinárias de uma Câmara Municipal. Eles podem, por exemplo, levantar demandas do município, buscar soluções e enviar solicitações ao Poder Público. O mandato é de um ano. Ao longo desse período, há oficinas sobre a Constituição Federal. Alguns assuntos abordados são a divisão dos três poderes e atribuições de cada um deles, tributação e organização do Estado.
A ação pretende aproximar crianças e adolescentes do Poder Legislativo e de assuntos de interesse público, despertando o princípio da ética e a consciência da cidadania aliada à responsabilidade com o meio social e a comunidade, por meio da criação de espaços para o desenvolvimento e entendimento dos anseios dos jovens.
A Câmara Mirim é composta por 14 vereadores, divididos entre titulares e suplentes. ímpar de vereadores, os quais são escolhidos dentro. Cada estabelecimento de ensino pode ter dois representantes, um titular e um suplente. É vedada a atuação de partidos políticos, o uso de símbolos e outras formas que os identifiquem
Exposição “O Olhar da Criança sobre a Pandemia”
A exposição interativa “O Olhar da Criança sobre a Pandemia” foi inaugurada durante o evento. A mostra, que também é uma iniciativa da Escola do Legislativo de São Lourenço, estará disponível na Câmara até o dia 22 de junho e é aberta à visitação do público. As peças retratam a visão dos estudantes dos Ensinos Infantil e Fundamental I (1⁰ a 5⁰ anos) sobre as experiências vividas e acontecimentos vistos por elas nos últimos anos, com o mundo afetado pela COVID. As pinturas foram feitas de forma individual e em conjunto. Há um mural para cada instituição. As creches e pré-escolas apresentam um único desenho, confeccionado por todos em cartolina. As demais exibem seis trabalhos em folha A4, cada qual feito por um aluno diferente.
A exposição é uma parceria com a Escola Estadual Eurípedes Prazeres e com a Secretaria Municipal de Educação, por meio dos CEMEIS Carolina Forastieri, Cida Costa, Santa Marcelina e das instituições Coronel Manoel Dias Ferraz, Frei Osmar Dirks, Ismael Junqueira de Souza, Manoel Monteiro e Melo Viana.
Inspiração
“A icônica obra “O Grito”, escolhida para servir de inspiração para a exposição, foi trabalhada pelos professores em sala de aula antes dos alunos confeccionarem os desenhos”, ressaltou a diretora da Escola do Legislativo de São Lourenço, Daniela Bacha. A pintura do artista Edvard Munch mostra um momento de dificuldade e é vista como um símbolo da ansiedade da condição humana. Suas cores são vibrantes e chamativas.
A obra original, de 1893, é um marco do movimento expressionista, porém a história dela enquanto ícone cultural começou somente no período pós 2ª Guerra Mundial. Com a sua crescente popularização, “O Grito” se tornou uma das pinturas mais reproduzidas pela humanidade e foi absorvida pelo universo pop, aparecendo em canecas, almofadas e camisetas e produções audiovisuais. Serviu, por exemplo, de inspiração para a máscara da série de filmes “Pânico”.
